Irreal. Impossível. Inalterável. Estes três não se separam mais do teu reflexo em mim.
Meu Carlinhos às vezes pergunto-me se saberás a falta que fazes a cada um de nós que confiava na tua presença. Isto de que o tempo resolve tudo é ilusão.
Algures no tempo que se passou, a minha consciência definiu um estraga-prazeres constante, associado a qualquer plano que te envolva. Não consigo pensar numa maneira mais simples de explicar a rotura que se dá sempre que penso, não em ti especificamente, mas no que quer que seja que me leve a ti. Distanciar qualquer realidade de ti soa-me a utópico, confunde-me num sem-nexo e – então sim – a certeza que não me espera mais que conformação arranha-me a pele por dentro.
E apercebi-me no que conformação significa no fim: Acreditar no que soa a estranho, impraticável, e inadmissível.
É uma fração de segundo na qual me perco não só em tempo mas espaço num único mundo redondo que girava sob o sol. Um mundo em que não és uma multidão refletida, mas és. Tu, com os teus jeitos, as tuas palavras e essa tua maneira de ser que nos faz acreditar que somos o que viste em nós.
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