Miss the raindrops against my window.

Um dia ainda volto a escrever... Até lá, fico só aninhada na manta a ver a chuva escorrer na janela.



02 julho 2008

Reliquias - Um qualquer teste de português



Numas vezes o Sol já se de pôs, noutras ainda brilha alto mas de qualquer das maneiras é sempre um dia acabado.
Noutras vezes não levo a vontade comigo, em algumas não levo também a cabeça, mas companhia nunca me falta.
Tagarelando ou fechada no meu mundo levo um pé à frente do outro, saltando três degraus para logo me arrastar por outros, contornando ora esquinas ora pessoas, vou seguindo por ruas e cafés, umas vezes ansiando o meu sofá, outras nem podendo já acreditar estar de volta ao meu destino.
Com pressa, sem notar onde piso ou calmamente, olhando um pardal a debicar algo desço mais uma rua. Viro uma e outra vez de sentindo, seguindo sempre a confusão até me deparar com algum peixe a lutar pela sua vida, debatendo-se por não desistir.

Nessas alturas apresso o passo, viro a cara uma e outra vez ignorando a zebra por baixo dos meus pés.
Já vendo o meu destino aproximar-se vejo uma última montra ou certifico-me que tudo está no mesmo sítio, entro pela porta brilhante, desconfiada olho para trás e subo o íngreme verde.
Acabo por cumprir o meu diário destino, caindo sem forças no, agora desejado, sofá.

1 comentário:

Ana Filipa disse...

Fizeste este texto num teste de português? Espantoso como mesmo sob pressão escreves com esta subtileza. Fiquei encantada. Parabéns!